No caminho sereno da harmonia
A Verdade observa o vulto original
Mas não escuta a perversa profecia
Que prefila uma silhueta infernal.
O céu torna-se pequeno e abafado,
As núvens ardem num fogo gelado
E infestantes e infinitos invernos
Invocam o nome da dor dos infernos.
A súplica expira uma frieza interna
Que gela os mais profundos sentimentos
- Apenas se ouvem choros e tormentos
Pedindo que a eternidade não seja eterna -.
A sombra de satã surge definida
Entre a luz da claridade decadente
E a escuridão do trono da Vida,
Que nunca viu o Deus benevolente.
Fevereiro, 1994 ©